Típica manhã de domingo, encontrava-me na mesma mesa do bom e velho café de sempre, provida de um jornal, um copo de café gelado e meu celular. Variava a leitura do periódico com as atualizações do Twitter. Tudo ocorria normalmente.
Mas minha visão aguçada e observadora de cronista, que está sempre em busca de um acontecimento interessante para gerar inspiração, logo capitou o alvo da nova crônica. Era um casal, estavam poucas mesas adiante e comiam o desjejum normalmente.
Muitos devem estar se questionando: "E daí? O que tem de mais nisso?" Responderei sem delongas: o casal não conversava. Voltaram sua atenção, cada um, para a tela do celular. Ora riam, ora com a feição séria. Ficaram assim por tempo considerável até deixarem o local de mãos dadas, porém, ainda agarrados ao celular.
A cena me intrigou e deixou a grande dúvida: "Até onde o uso da internet pode ser bom nas nossas vidas? Como grande adepta das novas tecnologias e internauta fiel não posso deixar de defender a ferramenta. A internet mudou a vida do ser humano para melhor. Ficamos sabendo de notícias do mundo inteiro em tempo real, conversamos com amigos e familiares a qualquer momento, em qualquer lugar e conseguimos enriquecer nossa cultura e conhecimento se usarmos a variedade de informações oferecidas adequadamente.
Entretanto, ao mesmo tempo que a internet nos favorece, ela nos destrói. Mentes preguiçosas, pessoas reclusas e mal informadas começam a surgir. Mal informadas? Isso mesmo, como foi dito por Humberto Eco em entrevista para a revista Época em janeiro de 2012: "A internet é perigosa para o ignorante porque não filtra nada para ele". Se concordo com o ponto de vista dele? Plenamente
O mal da internet é que, maioria das vezes, as pessoas deixam de lado o livros, jornais e revistas afirmando que lerão online e acabam não usando a internet para adquirir esses conhecimentos, usam-na apenas para banalidades, criando uma geração alienada, desinformada e "virtual".
Meu maior medo é que todos acabem como o casal citado anteriormente: totalmente dependentes da internet e distantes da realidade, incapazes de desligar o celular por um segundo, com medo de perder novas atualizações, para ter uma boa leitura, uma conversa enriquecedora ou apenas apreciar a bela manhã.
Torço para que saibamos usar toda essa informação que nos é oferecida para crescer de maneira intelectual e não para atrofiar o cérebro e os modos sociais.
domingo, 22 de abril de 2012
domingo, 4 de dezembro de 2011
O cravo saiu ferido e a rosa, despedaçada.
De repente, tudo desmorona e você percebe que as rosas que estavam ali, enfeitando seu jardim e trazendo aquele odor agradável, vão apodrecendo e começam a murchar. O cheiro já não é o mesmo e os espinhos começam a machucar.
Você tenta compreender que é assim que funciona, alguma hora essas rosas iriam simplesmente morrer. Mas não é tão simples assim. Aquelas rosas estiveram por muito tempo com você, te alegraram com suas cores nos dias cinzentos, te mantiveram ocupada durante os momentos de ócio e trouxeram algum sentido para a sua vida.
Simplesmente aceitar que tudo o que você acreditava e amava: suas rosas amarelas, vermelhas, brancas, azuis, cada uma com seu jeito, não retribuíam todo o seu zelo, carinho e preocupação, não é fácil. Enquanto pareciam tão delicadas e inofensivas, rasgavam seu coração, pouco a pouco, com seus pequenos espinhos.
É complicado mas, talvez, seja hora de substituir as velhas e apodrecidas rosas por um novo jardim. Com papoulas, dentes-de-leão e até mesmo, novas rosas.
E o mais importante de tudo: aceitar que no novo jardim muitas flores terão espinhos que irão te machucar, mas outras terão pétalas macias, cores vivas e o melhor odor de todos, que curarão seus ferimentos e estarão sempre ali para você, para te alegrar.
No mais, não desista nunca do seu jardim por causa de algumas rosas apodrecidas. Ainda há muita semente boa por aí.
Você tenta compreender que é assim que funciona, alguma hora essas rosas iriam simplesmente morrer. Mas não é tão simples assim. Aquelas rosas estiveram por muito tempo com você, te alegraram com suas cores nos dias cinzentos, te mantiveram ocupada durante os momentos de ócio e trouxeram algum sentido para a sua vida.
Simplesmente aceitar que tudo o que você acreditava e amava: suas rosas amarelas, vermelhas, brancas, azuis, cada uma com seu jeito, não retribuíam todo o seu zelo, carinho e preocupação, não é fácil. Enquanto pareciam tão delicadas e inofensivas, rasgavam seu coração, pouco a pouco, com seus pequenos espinhos.
É complicado mas, talvez, seja hora de substituir as velhas e apodrecidas rosas por um novo jardim. Com papoulas, dentes-de-leão e até mesmo, novas rosas.
E o mais importante de tudo: aceitar que no novo jardim muitas flores terão espinhos que irão te machucar, mas outras terão pétalas macias, cores vivas e o melhor odor de todos, que curarão seus ferimentos e estarão sempre ali para você, para te alegrar.
No mais, não desista nunca do seu jardim por causa de algumas rosas apodrecidas. Ainda há muita semente boa por aí.
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domingo, 27 de novembro de 2011
Ô, pequeno
Um coração, um amor, um aperto.
Uma garrafa, uma dúvida, uma alívio.
Tanto tempo, e mesmo assim tão pouco, na verdade, até mesmo, tempo esquecido.
Parece que aconteceu há muitos anos, ou que nem ao menos aconteceu.
Foi verdadeiro, foi puro e bom.
Eram dois amantes, companheiros e agora o que resta são pequenas palavras soltas sem nenhum significado.
O jeito é seguir em frente...
Uma garrafa, uma dúvida, uma alívio.
Tanto tempo, e mesmo assim tão pouco, na verdade, até mesmo, tempo esquecido.
Parece que aconteceu há muitos anos, ou que nem ao menos aconteceu.
Foi verdadeiro, foi puro e bom.
Eram dois amantes, companheiros e agora o que resta são pequenas palavras soltas sem nenhum significado.
O jeito é seguir em frente...
sábado, 17 de setembro de 2011
Overthinking
“Pensar demais vai acabar te matando.” Hoje é um daqueles dias em que se recusa qualquer tipo de programa para desfrutar da sua própria companhia. É também um daqueles dias que você acorda com aquela sensação de que tudo vai dar certo, animado, programando mil coisas para o tão aguardado fim de semana, mas em algum momento do dia toda essa animação e alegria se perde em pequenas momentos que nem chegam a ser tão incômodos, porém você acaba tornando-os assim.
Então você fica em casa curtindo a sua tosse seca, assim como a sua alma, se afundando em melancolia e pensando em tudo que faz e deixa de fazer, em quem está na sua vida, quem está saindo, quem está entrando. Tudo para te deixar para baixo.
Pessoas entram e saem das nossas vidas o tempo todo, então, por que tem que ser tão difícil abrir mão de pessoas realmente importantes que estão indo embora por conta própria sem nem ao menos lembrar de você, enquanto você fica ali sangrando e se culpando.
“Sou eu? Mudei muito? Tornei-me algo ruim ou chato? O que eu fiz?” São algumas das várias perguntas que vem a minha cabeça nesses momentos. Os olhos cheios de lágrimas e a água quente do chuveiro caindo e molhando os meus cabelos. Não deveria ser difícil assim, me disseram que a vida é boa, que vale a pena. Por isso as pessoas tem tanto medo de morrer. É por isso mesmo? Ou seria a incerteza de pra onde se vai quando morre, se para o céu ou inferno, ou lugar nenhum (na cabeça dos mais céticos)? Não, acho que nesse quesito de ser deixada não é minha culpa. Mudei, não vou mentir, mas mudei para uma pessoa mais desligada, não quero me estressar com pequenas coisas, não me deixo abalar mais tão facilmente, pelo menos assim creio.
Mas e se tiver sido apenas um período de alegria, daqueles que vem raramente, no qual nada te abala, nada de chororô pelos cantos, como de costume. Você começa a se estranhar e pensar que está curado.
E ai está ela de volta! A velha amiga tristeza. Foi e voltou, não é como algumas pessoas que vão e não voltam, que morrem, ou simplesmente nos deixam, por vontade. A tristeza é amiga fiel, volta sempre. Gosta de nos fazer uma visitinha, mesmo que incoveniente. E quando vem faz uma bagunça na nossa vida, bem extraordinária.
Ai velha amiga tristeza, nos deixa desnorteados. Nos calamos, nos isolamos, começamos a encontrar defeitos nas coisas ruins, tudo é ruim. Ficar deitado, dormir, só pra passar o tempo mais rápido, esquecer ou então ver se a tristeza resolve ir embora, ela não é bem-vinda.
Quem sabe ela nunca tenha ido embora, só ficou adormecida por um tempo. O problema é você, o que se tornou. Essa alma amargurada, tão calada, tão pequena. “Chega mais, conversa ai, me conta do seu dia, me diz o que te aflinge.” Não sai nada.
A simples ação de abrir a boca para se comunicar virou um grande esforço que você nem ao menos tenta, conversa consigo mesma. Afinal só você se entende não é mesmo? Errado. Nem você.
É um caso perdido, não adianta buscar soluções, o problema é você.
Você não muda, não faz esforço, não quer melhorar. Prefere ficar reclusa, fugir de tudo e de todos. Fraca. Vai lá, se afundar na sua pequena solidão, na sua melancolia, no seu mundinho utópico, feliz, cheio de bons modos e pessoas compreensivas que dão valor no seu esforço, no seu amor. Tudo uma grande mentira. Assim nada melhora.
O mundo é cheio de hipócritas e mentirosos, você é um deles. Aprenda a lidar com isso, seja forte, não abaixe a cabeça e aceite a humilhação, se gritarem com você, grite mais alto. Não deixe o medo vencer, seja forte, só você vai mudar a sua situação e fazer da vida algo pelo qual valha a pena lutar. Se algumas pessoas foram embora, continue, muitas outras estão por vir. Se algumas foram magoadas por você, aquelas que você mais se importa, mostre que sente-se arrependido, não se dê por vencido.
Pensar demais não te mata, talvez você já esteja morto. Essa é a única situação em que ainda há um jeito de ressuscitar. Então, não perca tempo.
Então você fica em casa curtindo a sua tosse seca, assim como a sua alma, se afundando em melancolia e pensando em tudo que faz e deixa de fazer, em quem está na sua vida, quem está saindo, quem está entrando. Tudo para te deixar para baixo.
Pessoas entram e saem das nossas vidas o tempo todo, então, por que tem que ser tão difícil abrir mão de pessoas realmente importantes que estão indo embora por conta própria sem nem ao menos lembrar de você, enquanto você fica ali sangrando e se culpando.
“Sou eu? Mudei muito? Tornei-me algo ruim ou chato? O que eu fiz?” São algumas das várias perguntas que vem a minha cabeça nesses momentos. Os olhos cheios de lágrimas e a água quente do chuveiro caindo e molhando os meus cabelos. Não deveria ser difícil assim, me disseram que a vida é boa, que vale a pena. Por isso as pessoas tem tanto medo de morrer. É por isso mesmo? Ou seria a incerteza de pra onde se vai quando morre, se para o céu ou inferno, ou lugar nenhum (na cabeça dos mais céticos)? Não, acho que nesse quesito de ser deixada não é minha culpa. Mudei, não vou mentir, mas mudei para uma pessoa mais desligada, não quero me estressar com pequenas coisas, não me deixo abalar mais tão facilmente, pelo menos assim creio.
Mas e se tiver sido apenas um período de alegria, daqueles que vem raramente, no qual nada te abala, nada de chororô pelos cantos, como de costume. Você começa a se estranhar e pensar que está curado.
E ai está ela de volta! A velha amiga tristeza. Foi e voltou, não é como algumas pessoas que vão e não voltam, que morrem, ou simplesmente nos deixam, por vontade. A tristeza é amiga fiel, volta sempre. Gosta de nos fazer uma visitinha, mesmo que incoveniente. E quando vem faz uma bagunça na nossa vida, bem extraordinária.
Ai velha amiga tristeza, nos deixa desnorteados. Nos calamos, nos isolamos, começamos a encontrar defeitos nas coisas ruins, tudo é ruim. Ficar deitado, dormir, só pra passar o tempo mais rápido, esquecer ou então ver se a tristeza resolve ir embora, ela não é bem-vinda.
Quem sabe ela nunca tenha ido embora, só ficou adormecida por um tempo. O problema é você, o que se tornou. Essa alma amargurada, tão calada, tão pequena. “Chega mais, conversa ai, me conta do seu dia, me diz o que te aflinge.” Não sai nada.
A simples ação de abrir a boca para se comunicar virou um grande esforço que você nem ao menos tenta, conversa consigo mesma. Afinal só você se entende não é mesmo? Errado. Nem você.
É um caso perdido, não adianta buscar soluções, o problema é você.
Você não muda, não faz esforço, não quer melhorar. Prefere ficar reclusa, fugir de tudo e de todos. Fraca. Vai lá, se afundar na sua pequena solidão, na sua melancolia, no seu mundinho utópico, feliz, cheio de bons modos e pessoas compreensivas que dão valor no seu esforço, no seu amor. Tudo uma grande mentira. Assim nada melhora.
O mundo é cheio de hipócritas e mentirosos, você é um deles. Aprenda a lidar com isso, seja forte, não abaixe a cabeça e aceite a humilhação, se gritarem com você, grite mais alto. Não deixe o medo vencer, seja forte, só você vai mudar a sua situação e fazer da vida algo pelo qual valha a pena lutar. Se algumas pessoas foram embora, continue, muitas outras estão por vir. Se algumas foram magoadas por você, aquelas que você mais se importa, mostre que sente-se arrependido, não se dê por vencido.
Pensar demais não te mata, talvez você já esteja morto. Essa é a única situação em que ainda há um jeito de ressuscitar. Então, não perca tempo.
But you can’t hide in you room forever and feel sorry for yourself; it’s impractical. At some point, you’ve got to get back out there, face up to things, and confront your demons.
terça-feira, 12 de julho de 2011
Desabafo e Confusão.
Uma vez me disseram: "Seus textos são todos parecidos..."
Não levei como crítica e nem senti-me ofendida.
De fato, acho que são bem parecidos mesmo.
A falta de concordância, o excesso de pontuação, as histórias melosas, os fins melancólicos, a falta de impessoalidade, realmente, são todos iguais.
Não sinto que vá mudar muito, ou que eu deva mudar. Simplesmente sai assim, por mais que eu tente, não muda.
Gosto de textos assim, confusos, nos levam a pensar e achar diversas interpretações.
Maioria são um turbilhão de emoções e desabafos que insisto em juntar e colocá-los juntos para dar uma aliviada, sabe?
Aliviar é bom ás vezes, vocês deveriam tentar. Escrever pra extravasar, gritar, chorar, soltar um pouco da mágoa e da amargura. Faz bem.
E como faz...
Não levei como crítica e nem senti-me ofendida.
De fato, acho que são bem parecidos mesmo.
A falta de concordância, o excesso de pontuação, as histórias melosas, os fins melancólicos, a falta de impessoalidade, realmente, são todos iguais.
Não sinto que vá mudar muito, ou que eu deva mudar. Simplesmente sai assim, por mais que eu tente, não muda.
Gosto de textos assim, confusos, nos levam a pensar e achar diversas interpretações.
Maioria são um turbilhão de emoções e desabafos que insisto em juntar e colocá-los juntos para dar uma aliviada, sabe?
Aliviar é bom ás vezes, vocês deveriam tentar. Escrever pra extravasar, gritar, chorar, soltar um pouco da mágoa e da amargura. Faz bem.
E como faz...
quinta-feira, 23 de junho de 2011
Incipiente
Momentos agonizantes que nunca esquecerei, memórias inesquecíveis.
O tempo passa, mas eu não vejo, estou presa ao passado. Pessoas vão e vem, já não ligo mais para a sua presença. Solidão. É o mais adequado para tal situação.
A cada nova manhã, descubro mais sobre mim, até onde posso ir e como agir. Tento deixar o medo de lado, mostrar o que tenho de melhor, deixar transparecer meus sentimentos. Assim poderei conquistar e ser conquistada...
"Você vive o que você prega, você vive o que você fala"
O tempo passa, mas eu não vejo, estou presa ao passado. Pessoas vão e vem, já não ligo mais para a sua presença. Solidão. É o mais adequado para tal situação.
A cada nova manhã, descubro mais sobre mim, até onde posso ir e como agir. Tento deixar o medo de lado, mostrar o que tenho de melhor, deixar transparecer meus sentimentos. Assim poderei conquistar e ser conquistada...
"Você vive o que você prega, você vive o que você fala"
Hipocrisia
Vejo o egoísmo, o desgaste, a futilidade, o clichê.
Queria ver originalidade, coragem e indiferença.
Apesar de toda a desigualdade, só vejo igualdade. As mesma opniões, os mesmo gostos, os mesmo hábitos.
A sociedade é mecanizada, seguem um padrão, os diferentes são ignorados.
Procuro a minha originalidade, não interessa se é ou não comum. O que realmente interessa é se estou feliz, que seja do meu jeito.
Queria ver originalidade, coragem e indiferença.
Apesar de toda a desigualdade, só vejo igualdade. As mesma opniões, os mesmo gostos, os mesmo hábitos.
A sociedade é mecanizada, seguem um padrão, os diferentes são ignorados.
Procuro a minha originalidade, não interessa se é ou não comum. O que realmente interessa é se estou feliz, que seja do meu jeito.
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